A COMPANHIA


Cia. Jorge Balbyns
Em 1996, foi criado o Núcleo de Pesquisa do Movimento Consciente (ou Núcleo Klauss Vianna), como meio de veiculação e experimentação das ideias e inquietudes de Jorge Luiz Blabyns e Monica Bammann; ambos professores da extinta Escola de Dança Klauss Vianna.
Ao aprofundarem seus conhecimentos da técnica do mestre Klauss, sob o viés do olhar de seu filho Rainer, Mônica e Jorge sentiram a necessidade de uma pesquisa objetiva das possibilidades expressivas e o desenvolvimento de outros elementos cênicos. Incorporaram-se ao grupo cantores, atores, músicos, bailarinos. Este núcleo se subdividia em atividades didáticas e de estudo e um grupo artístico, chamado Contos de Dança. Em 1997, o grupo estreia o espetáculo de dança-teatro Aqui, ali, além aos caracóis, seguido em 1998 por Quantos. Esses dois trabalhos iniciaram a trajetória de pesquisa cênica em dança do coreógrafo Jorge Balbyns.
Posteriormente o núcleo se reorganizaria, com o enfoque mais especifico na criação teatral, reunindo três grupos de produção artística sob o nome Metatarso e Companhia – núcleo de estudo de corpo cênico. Em 2002, estes grupos apresentavam três espetáculos criados com a direção de Jorge Balbyns: Árvores Nuas, de Júnia Pedroso e Simone Zaidan, Valsa número 6, de Nelson Rodrigues e Senhorita Júlia, de August Strindberg. Em 2010, estreia o espetáculo de dança contemporânea Cena crioula, com Cláudia Adão e Cláudio Adão.
A fundamentação teórico-prática da Técnica Klauss Vianna possibilita que a equipe estabeleça uma proposta estética própria, buscando dar ao intérprete a consciência de seu corpo e elaborar uma linguagem pautada pela composição de ações corporais. Ao utilizando diversos tônus musculares, acionam-se as musculaturas dramáticas que dão expressividade a cada cena. Partindo de uma neutralidade atingida tecnicamente, o intérprete possui um corpo que constrói qualquer máscara (personagem) com o máximo de expressividade e o mínimo de esforço.
No processo de estudo e criação da dança, podem ainda ser utilizados elementos como máscaras e gestos da tragédia grega, do teatro japonês, do expressionismo e outras estéticas teatrais, além de estímulos das artes visuais. Na representação cênica, a preocupação não se limita à reprodução inteligível do corpo, ao explorar também o som das palavras e sua reverberação no corpo, pois o som é físico. No corpo do ator, o texto é som e movimento.
Durante estes anos de pesquisa, diversos artistas passaram pela companhia: Mônica Bammann, Ana Pujarin, Adriana Thiago, Nina Escudeiro, Claudete Oliveira, Paula Pajanian, Júnia Pedroso, Pedro Ribeiro, Wilton Garcia entre outros. Atualmente, a Cia Jorge Balbyns prepara os espetáculos O quarto de Adela, baseado em A casa de Bernarda Alba, de Federico Garcia Lorca e Estados de Ser, um duo de dança contemporânea.



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